segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dólar sobe 8,2%. E lidera investimentos

 

O mau humor que tomou conta do mercado financeiro global neste início de ano fez o dólar subir 8,15% em janeiro, maior alta mensal desde outubro de 2008. Ontem, a moeda fechou a R$ 1,885. Com o desempenho, liderou o ranking de investimentos no período, seguida pelo ouro, com ganhos de 6,45%. Na contramão, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) perdeu 4,65% e ficou na rabeira do levantamento.
Analistas dizem que dois fatores - interligados - explicam o desempenho dos principais ativos financeiros do País neste começo de 2010: o aumento da chamada aversão ao risco no mundo, que pegou os preços brasileiros em níveis elevados. No ano passado, tanto o Ibovespa quanto o real lideraram os rankings das maiores valorizações de bolsa de valores e de moeda no planeta.
No momento, os profissionais de mercado se debruçam sobre vários indicadores para tentar identificar se a queda da bolsa e a alta do dólar configuram uma reversão da tendência positiva para o Brasil ou se significa apenas um movimento de realização de lucros (quando os investidores vendem ativos depois de acumularem expressivas altas).
"Por ora, não vejo fundamentos que justifiquem uma mudança estrutural na avaliação sobre o Brasil", afirmou a economista-chefe do Banco Fibra, Maristella Ansanelli. "Mas isso pode mudar a qualquer momento." Ela classificou de "exagero" a queda do real em janeiro.
O vice-presidente de Tesouraria do Banco WestLB, Ures Folchini, também avalia que, por enquanto, ocorre uma realização de lucros. "A valorização dos ativos brasileiros no ano passado já havia criado as condições para uma realização, que, diante de alguns fatos recentes da economia global, aconteceu", disse. "Temos indícios de que esse movimento já está perto do fim."
Folchini refere-se a questões como a tentativa do governo da China de desacelerar o ritmo de crescimento econômico por meio da alta das taxas de juros, as propostas do governo Barack Obama para alterar as regras do sistema bancário e a crise fiscal de alguns países europeus, sobretudo da Grécia.
Todos esses temores já fizeram os investidores estrangeiros tirarem R$ 2,5 bilhões da Bovespa entre os dias 20 e 27 de janeiro. Até a última quarta-feira, esses investidores venderam o equivalente a R$ 33,6 bilhões em ações brasileiras e compraram R$ 31,6 bilhões.
Especificamente em relação ao mercado de câmbio, os analistas ponderam que dois fatores empurram a moeda brasileira para baixo: a valorização do dólar no mundo, em decorrência das expectativas melhores para a economia americana do que para a europeia, e o aumento expressivo do déficit em conta corrente do Brasil.
Ontem, o euro chegou a ser cotado por menos de US$ 1,39 pela primeira vez desde julho do ano passado. Para especialistas, a tendência é de novas quedas.
Fonte: Estadão

Bernanke vai dirigir o Fed por mais 4 anos

 

Apesar das críticas de senadores dos dois extremos dos Partidos Democrata e Republicano pelo seu desempenho antes e durante a crise econômica, Ben Bernanke foi reconduzido ontem para um segundo mandato de quatro anos na presidência do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). A votação ocorreu poucos dias antes do encerramento do seu primeiro mandato.

Foram 77 votos a favor e 23 contra. Eram necessários 60 votos, no mínimo, para que o seu nome fosse levado para uma segunda votação simbólica para a confirmação oficial, onde seria preciso apenas uma maioria simples de 50 votos.
O número de votos para a sua aprovação superou as estimativas de analistas políticos, que, em alguns casos, chegaram a prever a sua derrota. O resultado pode ser considerado uma vitória para o presidente Barack Obama, que indicou Bernanke para um segundo mandato em agosto e o transformou em um dos pilares para a sua política econômica.
Alguns republicanos disseram ter aprovado Bernanke com relutância por temerem que Obama optasse por um nome ainda mais fraco na avaliação deles. Senadores democratas também preferiram votar a favor da manutenção do presidente do Fed para evitar uma crise política no governo em um ano de eleições parlamentares.
Ao assumir o cargo, nomeado por George W. Bush, Bernanke recebeu o comando das finanças americanas de Alan Greenspan, em fevereiro de 2006, com a economia americana em crescimento e as ações na Bolsa de Valores de Nova York batendo recordes. Seu principal desafio era manter o padrão de seu antecessor, idolatrado em Wall Street.
O problema é que tanto Bernanke quanto Greenspan não anteciparam a bolha no mercado imobiliário que culminaria na mais grave crise financeira e econômica dos Estados Unidos desde a Grande Depressão dos anos 30 do século 20.
Bancos como o Lehman Brothers faliram e o Fed, junto com o governo, intervieram fortemente na economia americana para evitar uma catástrofe que poderia levar a uma quebradeira generalizada de instituições financeiras.
Nesse momento, com o apoio de economistas à direita e à esquerda, conforme afirmou Obama em seu discurso do Estado da União na noite de quarta-feira, o Fed ajudou a salvar os bancos, injetando bilhões de dólares na economia.
Essa ajuda somou centenas de bilhões ao déficit americano, irritando senadores republicanos mais conservadores, que também criticam o enfraquecimento do dólar. A esquerda do Partido Democrata discordou da ajuda aos bancos porque essas instituições, um ano depois de terem sido salvas, começaram a distribuir bônus milionários aos seus executivos.
Já os defensores de Bernanke argumentam que ele salvou o país de uma nova depressão e a economia dá sinais de recuperação. "Ninguém nunca conseguiu agir tão bem quanto ele. A forma como Bernanke atuou foi extraordinariamente criativa e conseguiu impedir que o sistema financeiro não entrasse em colapso", disse o senador republicano Judd Gregg.
Segundo o senador democrata Kent Conrad, "quando a crise começou, ele assumiu o comando de forma sem precedentes". "Quando escreverem essa história, Bernanke será citado como um dos heróis."
Fonte: ùltimo segundo

BCE concentra atenção das bolsas na primeira semana do mês

 

A reunião mensal do Banco Central Europeu (BCE) será um dos principais eventos a marcar esta semana. Apesar de não se esperarem alterações na taxa de juro de referência, os investidores aguardam o discurso de Jean-Claude Trichet, presidente da...

Os dados das principais economias do mundo e os resultados das empresas vão continuar a marcar o dia-a-dia dos mercados accionistas.

A reunião mensal do Banco Central Europeu (BCE) será um dos principais eventos a marcar esta semana. Apesar de não se esperarem alterações na taxa de juro de referência

, os investidores aguardam o discurso de Jean-Claude Trichet, presidente da autoridade monetária da Zona Euro.
Entre os principais dados económicos em agenda está o desemprego nos Estados Unidos.
Tal como em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês, o Conselho de Governadores do BCE reúne-se para decidir o rumo do preço do dinheiro na Zona Euro. A expectativa do mercado é de que a taxa de juro apenas comece a subir no final deste ano. As previsões de 28 economistas consultados pela agência Bloomberg apontam para um subida dos juros apenas no último trimestre deste ano

Os investidores esperam as declarações do responsável máximo do BCE após a reunião, numa altura em que a situação da Grécia continua a preocupar os mercados.

Outros dos temas importantes prende-se com a retirada das medidas de estímulo à economia. Na semana passada, Axel Weber, membro do BCE, afirmou que a autoridade monetária poderá tomar medidas adicionais antes do segundo semestre para retirar liquidez ao sistema bancário à medida que economia fortalece.
O mesmo responsável adiantou, ainda, que a Zona Euro terá uma recuperação económica "prolongada", sublinhando que deverão ser precisos dois a três anos para regressar às condições verificadas antes da crise.
Para além desta reunião, outros eventos estarão na agenda das bolsas. Os indicadores das principais economias do mundo continuarão em destaque. Na Zona Euro, entre os principais dados está o índice de preços no produtor que, em Dezembro, deverá ter atingido uma variação nula.
Nota também para as vendas a retalho, no último mês do ano passado. Os economistas ouvidos pela agência Bloomberg antecipam uma subida de 0,4% neste indicador, em relação a Novembro.
Do outro lado do Atlântico, a semana passada terminou com o anúncio do crescimento da economia. O produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu no último trimestre do ano passado ao ritmo mais rápido dos últimos seis anos. Esta semana, o destaque estará no mercado de trabalho. Na sexta-feira, o Departamento do Trabalho anuncia a taxa de desemprego, no mês de Janeiro. Os economistas prevêem que esta se tenha mantido nos 10%.
Na bolsa nacional, os investidores estarão atentos às contas do último trimestre de 2009 da Portucel. A época de apresentação de resultados na praça de Lisboa teve início na semana passada pela mão do Banco Espírito Santo (BES) e do BPI. Ambos superaram as estimativas.

Fonte: Último segundo

Euro cai para US$ 1,3878 em Frankfurt

 

Frankfurt (Alemanha), 1 fev (EFE).- O euro caiu nas primeiras horas de negociação no mercado de divisas de Frankfurt e era negociado a US$ 1,3878, frente a US$ 1,3909 dólares da sexta-feira.

O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3966.

Fonte: G1