terça-feira, 3 de novembro de 2009

Euribor cedem em todos os prazos

As taxas Euribor voltaram hoje a recuar em todos os prazos. O indexante a 6 meses foi o que mais desceu e já está quase em 1%, o nível em que se encontram actualmente os juros na zona euro.

A Euribor a seis meses, a mais usada nos créditos à habitação em Portugal, desceu para 1,001%, enquanto a taxa a doze meses recuou para 1,236%. Já o prazo a três meses escorregou para 0,720%.

As taxas de juro interbancárias estão em queda há mais de um ano mas tudo indica que a tendência de descida está no fim. A inversão deverá acontecer já no primeiro trimestre de 2010. Isto significa que os contratos revistos em Abril, e que utilizam a Euribor de Março como referência, poderão ser os primeiros a sentir a primeira subida da prestação. Pelo menos esta é a expectativa dos economistas contactados pelo Económico e reflectida nos futuros da Euribor a três meses.

Caso as expectativas dos investidores e especialistas se confirmem, a prestação mensal de um empréstimo revisto em Abril de 2010, poderá subir 9,15 euros face à última revisão.

As Euribor costumam seguir a taxa de juro de referência do Banco Central Europeu (BCE) e influenciam directamente a prestação da casa das famílias e o custo dos empréstimos dos bancos às empresas.

Fonte: Económico.

Dólar alavanca commodities em outubro

Não é tão comum as oito principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no exterior apresentarem mais ou menos o mesmo comportamento de preços ao longo de um mês no mercado internacional. Quando isso acontece, dificilmente a explicação deixa de ter alguma relação com as variações do dólar. Pois em outubro a erosão da moeda americana se aprofundou e ofereceu sustentação às cotações de açúcar, café, cacau, suco de laranja, algodão, soja, milho e trigo nas bolsas de Nova York e Chicago.
Segundo levantamento do Valor Data baseado nas médias mensais nos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente a de maior liquidez), a única das oito que não subiu em relação à média de setembro foi o açúcar, que já estava em seu maior patamar em quase três décadas. Todas as demais registraram valorizações, que variaram de 3,82% (soja) a 15,68% (suco de laranja). Houve fundamentos "altistas" ligados aos quadros de oferta e demanda em boa parte dos casos, mas não foram esses fundamentos que determinaram os resultados.
Com a relativa estabilidade do açúcar e as altas observadas, todas as commodities pesquisadas, exceto o trigo, passaram a apresentar variações positivas em relação às médias de dezembro. Na comparação com as médias de outubro de 2008, quando houve quedas significativas por causa do aprofundamento da crise financeira irradiada a partir dos Estados Unidos, a maioria dos produtos já está em um patamar superior de cotações, menos o milho e o trigo.
"Digam adeus aos fundamentos", afirmavam na semana passada especialistas radicados nos Estados Unidos. Com o enfraquecimento do dólar - em relação ao euro, o valor médio médio da moeda foi 1,61% menor em outubro do que em setembro -, informou Vinícius Ito, analista da Newedge em Nova York, fundos de investimentos voltaram a "montar" posições em produtos agrícolas como soja e milho ou mesmo em commodities metálicas ou ligadas à energia, como o petróleo.
O script não é novo. A queda do dólar e a busca de opções com risco menor voltaram a ganhar força a partir do recrudescimento da crise financeira irradiada dos EUA, em setembro de 2008, e os movimentos dos grandes fundos de investimentos especulativos passaram, em alguns períodos, a guiar os preços das commodities independentemente dos fundamentos ou com alguma ligação com eles, ainda que tênue.
Se os fundamentos sugerem uma direção e as necessidades dos investidores também, melhor ainda. Em Chicago, a conjunção aconteceu em outubro para soja e milho. Vinculadas à alimentação, ambas são as commodities agrícolas de maior liquidez, fator importante para os fundos, e a colheita das duas sofreu com o excesso de chuvas nos Estados Unidos no mês passado, problema já amenizado mas que serviu para justificar apostas financeiras.
Resultado: a cotação média da soja subiu 3,82% em relação à média de setembro e a do milho, 15,53%. O trigo, apesar de apresentar estoques relativamente confortáveis nos EUA, registrou salto de 8,63%. O atraso na colheita não deverá significar danos significativos sobre a produtividade das lavouras americanas, assim a tendência é que esse fator atue na contramão em novembro em Chicago. "A colheita de soja passou agora de 40% da área prevista nos EUA, quando deveria estar no fim, mas ganhou ritmo e poderá superar 60% esta semana", disse Renato Sayeg, da Tetras Corretora, de São Paulo.
Em Nova York, fundamentos ajudaram a sustentar o café (chuvas no Brasil), o cacau (problemas na Costa do Marfim), o suco de laranja e o algodão (adversidades climáticas nos EUA). Mas ali essas "soft commodities" têm menor liquidez e a influência financeira também foi grande.

Fonte : Valor Econômico

Bolsas asiáticas fecham no vermelho; Xangai sobe 1,2%

A maioria dos mercados da Ásia terminou no negativo nesta terça-feira, apesar dos bons resultados de Wall Street. Fatores locais prejudicaram o otimismo dos investidores. Não houve negociações em Tóquio por ser feriado.

A Bolsa de Hong Kong teve baixa pelo segundo dia seguido, uma vez que os investidores realizaram lucros em ações de bancos chineses, mas Swire Pacific desviou da tendência e subiu 1,1% com a proposta de cisão de sua unidade imobiliária. O índice Hang Seng caiu 1,8% e fechou aos 21.240,06 pontos.
As Bolsas da China apresentaram a terceira sessão seguida de ganhos, influenciadas por reportagem que mostra que os empréstimos concedidos pelos quatro grandes bancos do país aumentaram em outubro. O índice Xangai Composto subiu 1,2% e encerrou aos 3.114,23 pontos. Já o Shenzhen Composto ganhou 1,7% e terminou aos 1.104,31 pontos. A ChiNext continuou a cair, com baixa em 80% das 28 ações.
A estabilidade na taxa de paridade central dólar-yuan levou a moeda chinesa a apresentar pouca variação em relação à unidade norte-americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8280 yuans, pouco abaixo do fechamento de segunda-feira, que foi de 6,8279 yuans.
A Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou em ligeira baixa, com os investidores andando de lado. O índice Taiwan Weighted caiu 0,2% e encerrou aos 7.322,93 pontos.
A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou em queda pelo sexto dia seguido, puxada pelas perdas nas ações dos bancos locais. Os investidores continuaram a realizar lucros com ações dos bancos na esteira do pedido de concordata do norte-americano CIT Group. O índice Kospi recuou 0,6% e fechou aos 1.549,92 pontos.
Na Austrália, a Bolsa de Sydney não conseguiu sustentar a alta, mesmo com os ganhos moderados nas bolsas estrangeiras e nos mercados de commodities. Um aumento já esperado de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros, para 3,5%, teve pouco impacto sobre o mercado. O índice S&P/ASX 200 baixou 0,2% e fechou aos 4.531,5 pontos.
O índice PSE da Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou praticamente estável, aos 2.908,24 pontos.
A Bolsa de Cingapura teve queda, uma vez que os ganhos em Wall Street falharam em difundir-se nos mercados de ações regionais. O índice Straits Times recuou 0,9% e fechou aos 2.621,55 pontos.
O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 1,6% e fechou aos 2.334,10 pontos, pressionada por preocupações sobre nova desvalorização da rupia e pelas quedas em várias bolsas asiáticas.
O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, recuou 1,3% e fechou aos 668,48 pontos, marcando a quinta sessão de perdas. Pesos pesados de energia foram as principais perdedoras; petroquímicas e bancos tiveram mais tranquilidade.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,1% e fechou aos 1.242,32 pontos."Fortes dados econômicos dos EUA ajudaram a conduzir os interesses para compras de manhã, mas realizações de lucros podaram os ganhos", disse um dealer. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Último segundo

Zona Euro sai da recessão em 2010

A Comissão Europeia revelou hoje previsões melhoradas para a economia europeia para o ano que vem, apesar da subida dos défices orçamentais e do aumento do desemprego.

A Comissão Europeia espera agora que a economia da zona euro cresça 0,7% em 2010 e 1,5% em 2011, depois de se contrair 4% este ano, revelou hoje o Executivo Europeu, liderado por Durão Barroso.

Fonte: Económico.